PREPARO DA VALA DE ASSENTAMENTO PARA TUBOS DE CONCRETO

PREPARO DA VALA DE ASSENTAMENTO PARA TUBOS DE CONCRETO

Entre as mais variadas etapas que são fundamentais em uma obra de drenagem urbana, está o correto assentamento dos tubos de concreto e a Concretos Florense preparou um conteúdo muito importante. Confira!

Esse trabalho deve ser realizado por uma equipe qualificada, ser acompanhada por profissional legalmente habilitado e o projeto deve seguir as especificações da norma NBR 12266 – Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana.

Listamos as etapas que fazem parte do preparo da vala:

Assentamento

O assentamento da tubulação deverá seguir paralelamente à abertura da vala, de jusante para montante, com a bolsa voltada para montante. A descida dos tubos na vala deverá ser feita cuidadosamente, manualmente ou com o auxílio de equipamentos mecânicos. Os tubos devem estar limpos internamente e sem defeitos, não podendo ser assentadas as peças trincadas.

Preparo do fundo da vala

O fundo da vala deve ser regular e uniforme, obedecendo à declividade prevista em projeto, e isento de saliências e reentrâncias. As eventuais reentrâncias devem ser preenchidas com material adequado, convenientemente compactado, de modo a se obter as mesmas condições de suporte do fundo da vala normal. O solo onde os tubos serão assentados são classificados em:

  1. Terrenos firmes e secos
  2. Terrenos firmes situados abaixo do lençol freático
  3. Terrenos compressíveis e instáveis
  4. Terrenos rochosos

Neste conteúdo, vamos abordar o preparo do fundo da vala em terrenos firmes e secos. Em terrenos firmes e secos, com capacidade de suporte satisfatória, o apoio do tubo pode ser feito diretamente sobre o solo (Apoio direto), conforme a foto abaixo. Uma vez concluído o nivelamento e o adensamento do material, devesse preparar uma cava para o alojamento da bolsa do tubo, abrangendo no mínimo um setor de 90° da secção transversal.

Assentamento com apoio direto no solo com medidas em cm

Assentamento com apoio direto no solo com medidas em cm. Fonte: Adaptado ABTC, 2008.

+ Leia também: Camadas do Pavimento Intertravado de Concreto

Reaterro e recobrimento especial de valas

As seguintes recomendações devem ser observadas na execução do reaterro:

a) Antes de iniciar o reaterro deve-se retirar todos materiais estranhos da vala, tais como: pedaços de concreto, asfalto, raízes, madeiras, etc.

b) Para execução do reaterro utilizar, preferencialmente, o mesmo solo escavado. Quando o solo for de má qualidade utilizar solo de jazida apropriada. Não são aceitáveis como material do reaterro argilas plásticas e solos orgânicos, ou qualquer outro material que possa ser prejudicial física ou quimicamente para o concreto e armadura dos tubos.

c) O reaterro e a compactação devem ser feitos concomitantemente com a retirada do escoramento.

d) O reaterro deve ser dividido em duas zonas distintas, sendo a primeira da base da vala até 30 cm acima da tubulação e a outra do plano situado 30 cm acima da tubulação até a base do pavimento (imagem 2)

  • Inicialmente executa-se o enchimento lateral da vala, com material de boa qualidade isento de pedras e outros corpos estranhos, proveniente da escavação ou importado e em seguida estendesse o reaterro até 30 cm acima da tubulação, procedendo à compactação manualmente.
  • Em seguida o reaterro deve ser feito em camadas com espessuras de 20 cm (material solto), compactado através de compactadores manuais ou mecânicos. A compactação em camadas de pequena espessura (máximo de 20 cm), visa evitar bolsões sem compactação.
Desenho esquemático do reaterro

Desenho esquemático do reaterro. Fonte: Adaptado ABTC, 2008.

 

NOTA: Não se deve em hipótese alguma utilizar equipamentos manuais ou mecânicos para compactação da camada de aterro situada até 30 cm acima da tubulação, exceto, nos casos onde os tubos foram dimensionados para tal situação.

e) Quando o solo for muito arenoso, o adensamento será mais eficiente através de vibração. Portanto, pode-se utilizar água e vibrador (do mesmo tipo utilizado em concreto).

f) De maneira geral, deve-se iniciar a compactação do centro da vala para as laterais, tomando-se os devidos cuidados para nas camadas iniciais não danificar a tubulação.

Esperamos que as informações sobre o preparo da vala de assentamento para tubo de concreto tenham sido úteis. Compartilhe esse conteúdo e continue nos acompanhando. Caso tiver dúvidas, deixe nos comentários.

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REFERÊNCIAS

GIMENEZ, A. B., et. al. Manual Técnico de Drenagem e Esgoto Sanitário. Associação Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto – ABTC, São Paulo, 2008.

CAMADAS DO PAVIMENTO INTERTRAVADO DE CONCRETO

CAMADAS DO PAVIMENTO INTERTRAVADO DE CONCRETO

Atualmente com uma utilização muito ampla, o Pavimento Intertravado é procurado para ser instalado em ruas, pistas e rodovias. 

Com a sua utilização ampliada, o Pavimento Intertravado gera alguns questionamentos quanto a sua estrutura, e é sobre isso que a Concretos Florense vai abordar nesse conteúdo, explicando as suas camadas e esclarecendo dúvidas sobre esse produto, que caiu no gosto e está presente em muitas obras e nas mais diversas aplicações.

Estrutura do Pavimento Intertravado

A estrutura final acabada do pavimento intertravado de concreto é composta pelas seguintes camadas:

  1. Subleito
  2. Sub-base
  3. Base
  4. Camada de assentamento
  5. Camada de rolamento.
Camadas de assentamento pavimento intertravado de concreto.

Camadas de assentamento pavimento intertravado de concreto. Fonte: Clube do Concreto, 2022

No pavimento intertravado as camadas indicadas na foto acima e suas espessuras dependem de alguns fatores como:

  • Intensidade do tráfego que circulará sobre o pavimento;
  • Características do terreno de fundação;
  • Qualidade dos materiais constituintes das demais camadas

 

É fundamental que as calçadas, ruas e avenidas sejam objeto de Projetos Executivos de Engenharia, elaborados por empresas especializadas.

Características do Pavimento Intertravado

A Concretos Florense irá descrever as características básicas de cada um destas camadas, com seus aspectos construtivos e algumas especificações para o controle de execução, são elas:

Subleito

Constituído de solo natural ou proveniente de empréstimo (troca de solo). Deve ser compactado em camadas de 15 cm, dependendo das condições locais. O subleito deve estar regularizado e compactado, na cota de projeto, antes da colocação das camadas posteriores. O dimensionamento deve ser feito conforme bibliografia, em função da solicitação do tráfego de veículos e do CBR do solo (CARVALHO, 1998).

+Leia também: Curiosidades sobre o Piso Tátil

Sub-base

A camada de sub-base é necessária quando o material do subleito tem resistência abaixo especificado em norma. Essa camada pode ser composta por material granular, solo selecionado, solo triturado ou solo tratado com aditivos, como solo melhorado com cimento Portland (FIORITI, 2007).

Base

A base é a camada que recebe as tensões distribuídas pela camada de revestimento e tem como função principal proteger estruturalmente o subleito das cargas externas, evitando deformações e deterioração do pavimento intertravado (CRUZ, 2003). Essa camada é constituída de material granular com espessura mínima de 10 cm e deve ser compactada após a finalização do subleito.

Camada de assentamento

A camada de assentamento tem como objetivo servir de base para o assentamento dos pavers e proporcionar uma superfície regular para acomodar as peças de concreto, proporcionando correto nivelamento do pavimento e permitindo variações na espessura das peças de concreto (CRUZ, 2003).

A areia de assentamento nunca deve ser usada para corrigir falhas na superfície da camada de base. Além disso, essa camada é composta por material granular e com distribuição granulométrica definida. É recomendado o enquadramento da areia na faixa granulométrica (imagem abaixo).

Faixa granulométrica recomendada para material de assentamento.

Faixa granulométrica recomendada para material de assentamento.

Camada de revestimento

A camada de revestimento é composta pelas peças de concreto e material de rejuntamento, e recebe diretamente a ação de rolamento dos veículos, tráfego de pedestres ou suporte de cargas. A sua construção compreende três etapas: colocação, acabamento

junto às bordas de meios-fios ou qualquer interrupção no pavimento (bueiros, caixas de inspeção etc.) e vibração sobre as peças na área já executada.

Onde comprar

A Concretos Florense  trabalha com os mais rígidos processos de produção, garantindo um produto de qualidade e resistência, dando segurança e durabilidade para a sua obra. Entre em contato conosco e saiba mais sobre os nossos produtos.

Há 45 anos no mercado, a Concretos Florense figura entre as maiores empresas fabricantes de artefatos de concreto do Rio Grande do Sul. Fundada pela família De Bastiani, em 1977, a empresa ampliou gradativamente suas atividades e adota atualmente modernas práticas para qualificação de seus produtos.

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REFERÊNCIAS

CARVALHO, Marcos D. Associação Brasileira de Cimento Portland – Estudo Técnico – Pavimentação com peças pré-moldadas de concreto. São Paulo, junho de 1998.

CLUBE DO CONCRETO. Passo a Passo assentamento de Piso Intertravado. Dispoível em: http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/12/passo-passo-assentamento-de-piso.html. Acesso em: 02 junho. 2022.

CRUZ, Luiz M. Pavimento intertravado de concreto: estudo dos elementos e métodos de dimensionamento. 2003, 281 f. Dissertação (Mestrado) – Mestrado em Ciências em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2003.

PORTLAND, Associação Brasileira de Cimento. Manual de Pavimento Intertravado: Passeio Público. Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, São Paulo, 2010. 36p.

FIORITI, Cesar Fabiano; INO, Akemi; AKASAKI, Jorge Luís. Avaliação de blocos de concreto para pavimentação intertravada com adição de resíduos de borracha provenientes da recauchutagem de pneus. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 7, n. 4, p. 43–54, out./dez. 2007.